Tablets, apps e afins: Recurso a aplicações e dispositivos móveis em contexto terapêutico

Aplicações em contexto terapêutico

Termos e expressões como i-Pads, sistemas iOS e Android, apps e clouds são, cada vez mais, parte do vocabulário quotidiano, integrando as atividades mais básicas e diversas do nosso dia-a-dia. Em contextos terapêuticos e de aprendizagem o cenário não é muito distinto, com clínicos, investigadores e organizações de renome a destacar as vantagens de considerar apps e i-Pads – bem como outros dispositivos móveis – como parte de atividades educacionais e terapêuticas (Mill, 2014).
Desde 2008 – ano em que a Apple cunhou o termo app para designar “versões miniatura” de programas informáticos (Schaber & Wakefield, 2012) – muito se tem desenvolvido este universo, constatando-se que, em junho de 2015, era superior a 1,750,000 o número de aplicações disponíveis no mercado e que, durante o ano de 2014, este negócio representou um retorno financeiro de cerca de 8.3 biliões de dólares nos Estados Unidos da América (www.statista.com).
Para o jovem profissional ou clinico inexperiente no recurso às novas tecnologias, várias questões podem colocar-se, mobilizando ou desmotivando para o uso destas novas ferramentas em contexto de terapia e ensino …

 

Como poderão os dispositivos móveis e aplicações ser úteis em atividades de ensino e terapia?
Quais são as vantagens e desvantagens de utilizar estes recursos com alunos e clientes?
Como estabelecer metas e definir resultados terapêuticos utilizando i-Pads, i-Phones e outros tablets?
Quem escolhe quem? Será o profissional a escolher o dispositivo e a aplicação, de acordo com objetivos definidos para o cliente, ou deverá recorrer a planos de sessão e atividades pré-preparados para a terapia?

 

De entre as inúmeras vantagens descritas para o uso das tecnologias móveis, destaca-se a facilidade e rapidez com que tablets e iPads se tornaram parte de contextos terapêuticos e pedagógicos e a forma como democratizaram o acesso a um formato de produto de apoio que, além de pioneiro, é de uso generalizado e está em constante desenvolvimento; a cada dia, novas aplicações, dispositivos e acessórios são lançados no mercado. Considerando este veloz desenvolvimento, importa investir recursos – tempo, dinheiro e energia – para acompanhar os avanços tecnológicos com potencial para melhorar resultados terapêuticos. Independentemente de perspetivas individuais ou opiniões pessoais a respeito do assunto, é inegável que este progresso acontece todos os dias e que o tema, além de pertinente, merece a análise e discussão entre profissionais.

 

Objetivos

Ao longo deste workshop, espera-se que os participantes sejam capazes de:
– Refletir sobre a utilização de aplicações em contexto de terapia e ensino;
– Explorar o recurso a dispositivos móveis para fins terapêuticos e pedagógicos;
– Definir metas e concetualizar atividades terapêuticas/pedagógicas incorporando diferentes aplicações;
– Desenvolver o raciocínio clínico fundamentado em práticas baseadas em evidências;
– Discutir sobre vantagens e desvantagens de incluir aplicações em experiências terapêuticas e de aprendizagem.

Referências

Aggarwal, P. (2014). IPad Basics: Using the iPad to Enhance Speech Therapy. Webinar presented on March 31, 2014 and April 2, 2014, Sponsored by CASANA

Mill, C. (2014). iPads for communication, access, literacy and learning. Edinburgh: CALL Scotland, The University of Edinburgh.

Schaber, T. & Wakefield, L. (2012). App Camp: EBP Strategies for Selecting and Justifying Therapy Apps. Presentation for the ASHA convention

Websites

www.asha.org
www.callscotland.org.uk
www.ces-vol.org.uk
http://childrensappreview.blogspot.pt
http://learninginhand.com
www.oscarfeels.imagina.pt
www.speakinmotion.com
www.statista.com