Saúde nas Organizações, Aceita o desafio?

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Saúde nas Organizações

Aspetos e fatores físicos e psicológicos relativos ao local do trabalho podem apresentar- se como negativos ou positivos em termos de saúde e bem-estar. De acordo com diversas investigações condições laborais adequadas e que promovam a saúde criam profissionais mais produtivos, e com maior probabilidade de atingir e manter adequados e elevados níveis de bem-estar e qualidade de vida (Linnan, Peabody, & Wieland, 2010; Naidoo & Wills, 2009; Vaz Serra, 2011). Contudo, o inverso também é constatável existindo estudos que comprovam a relação entre condições laborais adversas e o desenvolvimento de determinadas doenças crónicas, mentais, imunológicas e oncológicas.

O objetivo da implementação de medidas que promovam a saúde ocupacional é garantir que os trabalhadores se encontram seguros, saudáveis, satisfeitos e comprometidos com o trabalho (European Agency for Safety and Health at Work, 2013b).

O contexto laboral mostra-se, assim, como um campo de ação básico e crucial na educação e promoção da saúde ocupacional, “providenciando oportunidades únicas para influenciar as respostas favoráveis ao bem-estar e à saúde” (Rodrigues et al., 2005, p. 101). Intervenções individuais, em grupo e em termos organizacionais que visem a promoção de saúde tornam-se mais adequadas e efetivas se decorrerem no contexto onde os riscos ocorrem e se manifestam (Naidoo & Wills, 2009).

Mas, na verdade, o que ganha a organização/empresa com a implementação de programas de saúde junto dos seus profissionais?

Ao proporcionar aos trabalhadores melhores níveis de bem-estar e saúde no local de trabalho, obtém-se diversas consequências positivas para a organização/empresa:

– Ganhos económicos: benefícios referentes a uma redução dos custos decorrentes de doença, absentismo, acidentes de trabalho, entre outros.

– Aumento da produtividade: os profissionais apresentam-se mais motivados, com elevada envolvência laboral e melhores relações profissionais.

– Maior taxa de manutenção dos profissionais nas organizações.

– Diminuição da rotatividade e do absentismo.

– Contribuição para uma imagem de organização positiva, que se preocupa com o bem-estar dos seus profissionais.

– Elevados níveis de bem-estar e proatividade da equipa:  contextos laborais com níveis elevados de bem-estar e saúde promovem um estado de satisfação que permite que um funcionário possa progredir e alcançar todo o seu potencial para o benefício próprio e da sua organização.

– Melhoria e promoção das relações interpessoais.

– Revitalização da energia da equipa de trabalho, incrementação do bom ambiente e o comprometimento organizacional.

– Aumento das capacidades de concentração e produtividade, reativação da energia, alivio do stress e prevenção do surgimento de patologias ocupacionais.

 Aceita o desafio?

 

Quer saber mais?

Cunha, M., Rego, A., Cunha, R., & Cabral-Cardoso, C. (2007). Manual de comportamento organizacional e gestão (6a ed.). Lisboa: Editora RH.

Hassard, J., Cox, T., Murawski, S., Institute of Work Health and Organisations, University of Nottingham, Meyer, S., … PREVENT. (2011). Mental health promotion in the workplace: a good practice report. Luxembourg: Publications Office to the European Union. doi:10.2802/78228

Tehrani, N., Humoage, S., Wilmott, B., & Haslam, I. (2007). What’ s happening with well-being at work? Change agenda. London: Chartered Institute of Personnel and Development.