Cada vez mais se fala em empreendedorismo e criação do próprio negócio!
Existem diversas iniciativas nacionais que pretendem apoiar a criação de Startup’s e desenvolvimento de ideias de negócio diferenciadoras. Na verdade, nunca a sociedade e economia portuguesa estiveram tão disponíveis para a temática do empreendedorismo. Mas é aqui que surge a grande questão… Uma ideia brilhante será de certeza um negócio de sucesso?
Uma boa ideia é sem dúvida o elemento-chave para começar um negócio de sucesso! Contudo, sem estruturar ideias, definir uma estratégia que otimize os recursos e as dinâmicas internas, é muito provável que uma boa ideia não se torna num bom negócio.
A transformação de uma ideia em negócio é um processo longo, por vezes penoso, que exige por parte do empreendedor a análise de vários aspetos:
1. Validação da ideia
Nem todas as ideias são válidas e permitem a criação de um negócio de sucesso!
Identificada a ideia há que validá-la e aferir a sua viabilidade. Como é que isso se faz? Testando, questionando, analisando!
Uma boa ideia permite quase sempre seguir um traçado claro e bem articulado.
Será que a ideia:
– Responde a uma necessidade concreta e comum a um conjunto de pessoas ou organizações?
– Apresenta um elemento inovador que permite “enfrentar” o mercado e concorrentes diretos e indiretos?
– É claro e concreto o serviço e/ou produtos que vai oferecer e fácil de explicar às pessoas que o rodeiam?
– Conhece e tem estruturada, de forma clara, como irá colocá-la no mercado e os meios e procedimentos necessários para tal?
– Conhece o mercado e deteta as oportunidades que o mesmo lhe proporciona, o que lhe permite perceber como podem ser minorados os riscos inerentes ao investimento?
2. Criação do Plano de negócios
Este é o passo essencial para a passagem da ideia ao negócio e, muitas vezes, o grande “alicerce” do seu sucesso. Segundo a ANJE “os jovens empresários devem evitar criar uma empresa sem, a priori, desenvolverem um plano de negócios devidamente estruturado”.
A criação de um plano de negócio permite realizar quatro grandes objetivos:
(i) aprofundar a análise do mercado e pensar em todas as variáveis do negócio (receitas, custos, marketing, operações, Recursos humanos, pontos fortes/fracos; ameaças/oportunidades);
(ii) Análise de viabilidade económica (mapa de investimento e plano de financiamento; Receitas e gastos; Balanço e demonstração de resultados, Análise de risco, entre outros)
(iii) definir um roadmap claro, “uma bússola orientadora” para o desenvolvimento do projeto, que permita a qualquer momento um alinhar de estratégia e resultados;
(iv) concretizar a ideia num produto que sirva de base para abordar eventuais investidores/parceiros ou mesmo no apoio à obtenção de financiamento.
3. Teste e análise do conceito
Muitos projetos falham nos primeiros anos de implementação e infelizmente alguns nem chegam a ser desenvolvidos. Na verdade só não falha quem não tenta!
Um bom empreendedor não pode prever todas as variáveis que irão surgir no seu percurso mas pode, sem dúvida, antecipar e testar muitos pontos e aspetos que permitirão o atingir do sucesso. Por esta razão é fundamental conseguir fazer um bom teste ao mercado antes de aplicar os recursos financeiros e humanos para desenvolver o projeto em grande escala. Este teste permitirá perceber se o caminho a seguir será ou não a implementação real do seu negócio no atual mercado, prevenindo e minimizando perdas potenciais.
4. Criação da Empresa:
Só após todos os passos anteriormente referidos deverá equacionar a criação da empresa. A abertura e manutenção de uma estrutura empresarial acarreta custos e responsabilidades próprias. Para uma empresa “saudável” existe um requisito básico: as receitas tem de cobrir os custos.
Conseguiu validar todos os pontos referidos para a sua ideia de negócio?
Então só lhe podemos dar as boas vindas ao mundo empresarial e desejar muito sucesso!