A verdadeira importância do “Patrão”

“ O meu patrão é mau ”, “ Não quer saber de mim ”.

Estas são palavras que estamos habituados a ouvir. Qual será então a importância de um “ bom ou mau ”, patrão/supervisor?

 

A verdade é que se tivermos “sorte” temos um chefe que valoriza as nossas capacidades, o trabalho que desempenhamos e encoraja todos os colaboradores a elevar os seus potenciais a outro nível.

 

É impressionante, a forma como, a relação chefe-funcionário, pode afetar a performance do trabalhador. Má gestão, pode afetar as operações da empresa de forma geral.

 

Segundo um estudo da Universidade Francois Rabelais, após questionarem 1100 funcionários de múltiplas empresas, quer grandes quer PME, provou-se que, quanto mais negativa a gestão dos chefes, menor será a felicidade dos seus trabalhadores.

 

Exemplos de atitudes que revelam problemas gestão:

  • Falta de humildade – errar é humano, como tal é indispensável, saber admitir quando o fazemos. Todavia, existem múltiplos chefes que não o fazem;
  • Mau ouvinte – pessoas que não conseguem escutar, revelam-se pobres comunicadores. Um patrão necessita de possuir esta competência, para conseguir perceber melhor os seus empregados;
  • Narcisismo – chefes que revelem elevado egocentrismo, esquecem-se que a empresa não são eles, mas sim todas as pessoas que nela trabalham;
  • Gritar – é de fácil compreensão que elevar o tom de voz, para tentar demonstrar liderança, não é o caminho certo a percorrer. Muitas pessoas acreditam que é um comportamento aceitável, contudo esta teoria é questionável;
  • Bullying – não é mito, e está presente em inúmeras organizações. Através de intimidação, gritos, desprezo, e insultos, alguns manager´s violentam psicologicamente os seus funcionários;
  • Falta de encorajamento – os chefes que controlam em vez de encorajar, afetam negativamente o bem estar dos seus colaboradores;
  • Micro-gestão – esta é uma típica atitude de um mau chefe. Este é aquele que está constantemente a monitorizar cada passo dado pelos funcionários, criando um mau estar para este;
  • Pouca disponibilidade – muitas vezes, certos manager´s, não se encontram disponíveis para auxiliar os outros, levando os seus funcionários a cometer erros diversos;
  • Ficar com os créditos pelo trabalho dos outros – os bons líderes orgulham-se do trabalho dos seus trabalhadores e conferem-lhe o mérito. Todavia isto nem sempre acontece, existem inúmeros patrões que “roubam os créditos aos outros”.

Estes são alguns exemplos de comportamentos, que demonstram uma gestão desadequada.

 

A débil gestão por parte dos chefes, pode levar a inúmeras consequências, que, em efeito de bola de neve, podem tornar-se extremamente graves:

  • Confusão – os chefes que apresentam dificuldades de comunicação confundem os seus trabalhadores. Muitas vezes, os manager´s estão tão atarefados, que nem sequer providenciam as instruções para o trabalho dos funcionários, levando a que procurem o que, e como fazer. Como tal, a probabilidade de errarem é bastante elevada;
  • Perda de Moral – num ambiente onde o chefe dificulta o trabalho dos seus colaboradores, leva à diminuição da moral da equipa. É necessário encorajar e reconhecer o trabalho dos outros, para que estes possam ser mais produtivos;
  • Crescente Stress – quando um funcionário se sente desconfortável e infeliz no seu posto de trabalho, a sua confiança diminui, provocando neste, elevados níveis de stress. Este stress, pode ter repercussões negativas, a diversos níveis, como, mental, físico e emocional;
  • Constante mudança de profissionais – imensos trabalhadores sentem-se desgostosos com o seu trabalho e respectivo ambiente. Naturalmente, quando alguém se encontra infeliz num local, tende a afastar-se deste. Torna-se difícil, para as empresas, manter funcionários que são constantemente desvalorizados, maltratados e vítimas de bullying;
  • Diminuição de produtividade – cada trabalhador apresenta custos para a empresa, como tal a sua demissão acarreta gastos avultados. Outro exemplo é o tempo de trabalho “desperdiçado” pelos funcionários, muitas vezes relacionado com a falta de motivação e empenho;
  • Eficiência – um estudo realizado pela Universidade da Florida, EUA, concluiu que os funcionários que trabalham para um chefe incompetente, tendem a assumir, cada vez menos, responsabilidades e a ser pouco energéticos e produtivos. Tornam-se profissionais desinteressados pela qualidade do seu trabalho e pela sua perfomance (em casos graves, estarão mais propícios a roubar).

Através desta análise, consegue-se concluir, que a execução de uma débil gestão nas empresas, influencia de forma crucial, o desempenho dos funcionários. Um bom líder reflete-se num empregado feliz, que por sua vez, promove e cria uma empresa mais eficiente e rentável.

Paulo Resende